Para sempre é demasiado tempo
, pensava eu enquanto descia as escadas. Sentia-me um bocadinho triste depois da conversa: o abandono estampado nos olhos de uma pessoa que de certeza não voltarei a ver quando partir. Quando cá vier (de vez em quando) irei rever algumas pessoas, mas outras não. Não será por mal, o meu coração é que não é suficientemente grande para albergar o mesmo amor por toda a gente. Irei perdendo o contacto com algumas pessoas, o círculo de amigos a visitar ficará impreterivelmente reduzido com o acumular de visitas (poucos, mas bons). Como as pessoas que fui deixando de ver nos de vez em quando das minhas férias em Portugal. Vai acontecer a mesma coisa, mas ao contrário.
Ao contrário.
É estranho: o que está a acontecer, o que vai acontecendo aos poucos, está a ser tudo igual, mas ao contrário. Parece um filme de Cronenberg, uma história de livro desconstruída, um daqueles e-mails marados das coisas estranhas que te podem acontecer se ... Não há acasos, disseram-me no outro dia. Eu só acredito em acasos. No entanto, assusta. Ou talvez não. Porque assim, quando tudo corre para o mesmo sítio, não há desculpas para fraquejar. Nem mesmo quando, depois da tomada de consciência de que tenho uma tendência inata para sofrer de saudades eternas, chego ao bar Sofia e o barman aponta para o cartaz. Poderia ter sido o momento ideal para pensar duas vezes. Mas, como dizia no cartaz, não há mais perguntas nem mais respostas. A cerveja está no balcão. Bebe.
Ao contrário.
É estranho: o que está a acontecer, o que vai acontecendo aos poucos, está a ser tudo igual, mas ao contrário. Parece um filme de Cronenberg, uma história de livro desconstruída, um daqueles e-mails marados das coisas estranhas que te podem acontecer se ... Não há acasos, disseram-me no outro dia. Eu só acredito em acasos. No entanto, assusta. Ou talvez não. Porque assim, quando tudo corre para o mesmo sítio, não há desculpas para fraquejar. Nem mesmo quando, depois da tomada de consciência de que tenho uma tendência inata para sofrer de saudades eternas, chego ao bar Sofia e o barman aponta para o cartaz. Poderia ter sido o momento ideal para pensar duas vezes. Mas, como dizia no cartaz, não há mais perguntas nem mais respostas. A cerveja está no balcão. Bebe.
2 Kommentare:
interessante o seu blog...
às vezes acho que é cruel toda esta globalização. o pior de ir e voltar é abandonar quem nós éramos em cada cidade.
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