14.12.06

Snooze ou 9 minutos de descanso



Com o Natal vem mais trabalho, quem diz que é tempo de reflexão, não percebe nada disto. Jesus, que até era judeu, é que não fazia a ponta, dormitando no berço rodeado de ruminantes. Na era do consumo, o Natal não é mais do que um lufa-lufa de festas para organizar, festas para ir, 1500 cartões de Natal para mandar aos clientes, encontrar um restaurante que ainda não esteja lotado para o jantar que a chefe oferece aos que se portaram bem durante o ano, fazer horas extra que nunca são suficientes, mercados de Natal nem vê-los, a luz do sol muito menos, desfazer-me em amabilidades natalícias, ir à Hauptbahnhof num instantinho ver a árvore de Natal e, no meio disto tudo, ainda pensar nas prendas de Natal que só comprarei no dia 22.

Deito-me todas as noites à espera da manhã seguinte. Carrego no snooze com prazer masoquista. Nove minutos depois o dia de hoje é igual ao de ontem, ao de amanhã. O calendário diz que só tenho de aguentar até à semana que vem.

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